17 de maio de 2012

O que inspirou "Como num conto de Fadas..."


Prezada leitora e caro leitor, como sabem, todo autor tem uma razão, – um motivo, que lhe impulsiona dando inspiração para escrever uma dada obra e raramente o leitor fica sabendo de onde veio à inspiração para o autor; por essa razão, explico o motivo ou os motivos que me inspiraram escrever o livro “Como num conto de Fadas”; vamos lá: 








Como num conto de Fadas...


Editora: Clube de Autores
1ª Edição, 2011.
ISBN:978-85-912892-5-7
Nº de páginas: 381









De onde veio minha inspiração:

Quando jovem, aí com meus dezessete dezoito, conheci uma moça; quer dizer, não conheci propriamente, conheci de vista. No bairro em que eu morava, não só eu, todos a conheciam, pois era uma moça bonita, bonita de fato, – bela de atrair qualquer um.
Mas ninguém, inclusive eu, tinha coragem de cortejá-la, pois ela passava a impressão de ser “nariz empinado” – entojada, e além de tudo era filha de gente abastada, - gente rica da alta sociedade que, pra começar, não morava numa casa, morava num palacete, o que desencorajava mais ainda, - deixava todos reticentes.
Era uma jovem charmosa, elegante, simpaticíssima, sempre sorridente de expressão cativante que, com seus dezesseis pra dezessete, nunca havia namorado e que passava a impressão de ser entojada, mas não era nada disso, ela não dava confiança pra ninguém pela simples razão de, até então, nenhum ter lhe despertado interesse; era alguém que se preservava conscientemente e que não saía de “namorico” com esse ou com àquele.
Até que um dia, eu soube, ela caiu arrebatada se apaixonando por um rapaz; todavia, lamentavelmente, pra ela, o rapaz era um “pobretão” – filho de gente humilde, e com esse fato, é lógico, o coitado não teve permissão dos pais dela para namorar; contudo, atraídos um pelo outro, – enamorados, não desistiam e namoravam às escondidas talvez na esperança das coisas se ajeitarem, – eu imaginava.
Mudei do bairro, o tempo passou e nunca mais a vi e nem tive notícias, porém marcou: deixou-me cheio de curiosidade aquele namoro...
Muito tempo depois, num fim de tarde, eu estava sentado junto a uns amigos em uma mesa externa de um bar, “batendo papo”, “jogando conversa fora”, enfim, procurando desculpa pra tomar nossa “cervejinha”.
Entretido, ouvindo um monte de bobagem, entre um gole e outro, vi passar na outra calçada da rua uma moça cuja figura e semelhança trouxe à lembrança aquela moça.
Momento depois, eu fui embora, – fui pra casa, mas pensando na moça. E não sei bem por que continuei pensando nela, imaginando o que poderia ter acontecido: se os anseios e desejos dela haviam sido ou não realizados e conclui que de seria muito difícil, praticamente impossível, os pais dela aceitarem aquele namoro, só se acontecesse algo como acontece nas fábulas, e imaginando as fábulas me inspirei escrever e assim nasceu o “Como num conto de Fadas...”          
      
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